Um bebê nascido prematuramente em junho de 2024 enfrentou uma longa luta pela vida após chegar ao mundo com apenas 450 gramas, resultado de uma cesariana de emergência realizada quando a mãe completava 26 semanas de gestação. Durante esse período, ele lidou com complicações pulmonares e diversas infecções.
Barrett Brasfield, natural dos Estados Unidos, recebeu alta hospitalar ontem (14), após permanecer 400 dias internado em unidades de terapia intensiva neonatal. Ele passou oito meses na UTIN do UAB Hospital e mais quatro meses na UTIN do Children’s of Alabama, antes de finalmente poder voltar para casa, ainda dependente de equipamentos de suporte vital.
A jornada de Barrett incluiu procedimentos médicos complexos para garantir sua sobrevivência. Em abril de 2025, ele foi submetido a uma traqueostomia, que consiste na criação de uma abertura na traqueia para auxiliar a respiração, frequentemente indicada em casos de obstrução das vias aéreas, necessidade de ventilação mecânica prolongada, cirurgias na região da cabeça e pescoço ou acúmulo de secreções pulmonares. Durante esse período, o bebê dependeu de um ventilador pulmonar e de uma sonda para alimentação, o que marcou etapas críticas de seu tratamento.
Desafios enfrentados pelo bebê prematuro
Além das complicações iniciais, Barrett demonstrou avanços notáveis em seu desenvolvimento nos meses finais da internação. Sua mãe, Carli, descreveu em entrevistas que o filho apresentava interações positivas, como rir e brincar, apesar da longa permanência hospitalar. “Ele ri, brinca, rola, senta e come… é tão cheio de alegria que você nem imagina que esteve 400 dias no hospital”, relatou ela. Esses progressos neurológicos e emocionais foram observados pela equipe médica, contribuindo para a decisão de alta.
Os pais, Carli e Roman Brasfield, prepararam o ambiente doméstico com antecedência, montando o quarto do bebê desde o outono de 2024. A data de retorno foi adiada várias vezes, inicialmente prevista para o final daquele ano e depois para o Natal, devido à necessidade de monitoramento contínuo. O pai expressou expectativa pelo momento: “Será incrível atravessar na porta de casa com ele pela primeira vez”. Um marco durante a recuperação foi o uso de uma válvula Passy-Muir, dispositivo que permitiu aos pais ouvir o choro do filho pela primeira vez, ao facilitar a passagem de ar pelas cordas vocais em pacientes com traqueostomia.
Recuperação e perspectivas futuras para bebês prematuros
Atualmente com cerca de 8 quilos e 13 meses de idade, Barrett continuará recebendo assistência médica em casa, incluindo o ventilador, a traqueostomia e a sonda. Profissionais de saúde planejam cirurgias adicionais para remover gradualmente esses dispositivos, com base no progresso observado.
