((Este texto possui gatilhos e não deve ser lido por quem sofre de depressão)) A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu as investigações sobre a trágica morte de três gerações de uma família em um apartamento em Belo Horizonte. Daniela Antonini, sua filha de um ano e sete meses, e sua mãe, Cristina, foram encontradas mortas no dia 9 de maio, junto a quatro cães da família.
A causa foi intoxicação por monóxido de carbono, resultado da queima de carvão no ambiente fechado. Segundo as autoridades, Daniela teria provocado as mortes intencionalmente, num ato planejado. A carta encontrada no local foi decisiva para o desfecho do inquérito.
Delegada deu detalhes
O documento revelou não apenas confissão, mas também o histórico emocional e financeiro da mulher, que enfrentava dificuldades há anos. A delegada responsável pelo caso explicou que o ambiente havia sido vedado e que a suspeita utilizou braseiros para provocar a intoxicação.
A investigação considerou ainda que Daniela apresentava histórico de depressão e tentativas de suicídio. O adoecimento mental e o isolamento familiar foram fatores determinantes para o ocorrido. Apesar das dificuldades enfrentadas pela mulher, foi constatado que a criança recebia os cuidados básicos, com apoio financeiro de familiares do pai e programas sociais.
Carta deixada por Daniela
A tragédia chamou atenção pela complexidade emocional envolvida e pela dor causada entre conhecidos da família. “Foram dois anos de desespero. Acabou. Levo comigo os que dependem de mim e arcarei com as consequências espirituais”, escreveu Daniela em sua carta. Ela contou ainda que tinha apenas 7 centavos em sua conta bancária e dívidas enormes.
