O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) demonstrou sua admiração por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, em entrevista concedida na última terça-feira (15). Na conversa, o ex-chefe do Executivo afirmou ter um vínculo próximo com o líder norte-americano e disse ser apaixonado por ele.
“Trump é imprevisível. Eu gosto dele. Eu sou apaixonado por ele. Eu sou apaixonado pelo povo americano, pela política americana”, disse Bolsonaro. O ex-presidente do Brasil também ressaltou o orgulho de ter sido citado por Donald Trump em uma carta endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na qual o ex-mandatário dos Estados Unidos criticou o tratamento dado a Bolsonaro no país.
Durante a entrevista, Bolsonaro relembrou o relacionamento próximo que manteve com Trump quando ambos estavam no poder. Ele disse que o relacionamento entre eles era muito bom e completou: “Parece até que estávamos namorando”.
Repercussão de apoio internacional
As declarações de Bolsonaro ocorrem em meio a um novo gesto de apoio de Trump. Na última quarta-feira (9), o presidente norte-americano enviou uma carta a Lula anunciando a aplicação de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.
Na carta, Trump declara que a iniciativa tem como objetivo corrigir injustiças do governo atual e critica a postura do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação a Bolsonaro e às redes sociais dos Estados Unidos. Ele considerou vergonhoso o tratamento dado ao ex-presidente brasileiro, citando processos judiciais em andamento e acusando o STF de impor censura ilegal às plataformas digitais.
Contexto diplomático e consequências
O respaldo de Trump aumenta a tensão diplomática entre Brasil e Estados Unidos, representando um cenário de embate institucional tanto externo quanto interno. No país, Bolsonaro continua sendo julgado pelo STF por tentativa de golpe, enquanto o TSE já o declarou inelegível até 2030.
A imposição da tarifa de 50% pode gerar efeitos econômicos significativos nas relações comerciais entre os dois países. Nas redes sociais, os internautas se mostraram divididos: alguns manifestaram apoio a Bolsonaro, enquanto outros fizeram críticas ao ex-presidente.
