A Polícia Civil de São Paulo investiga o envenenamento de Lucas, um jovem de 20 anos, ocorrido após ele ingerir um bolinho de mandioca em São Bernardo do Campo. O caso, inicialmente centrado na tia da vítima, passou por uma reviravolta após contradições nos depoimentos do padrasto, Ademilson Ferreira dos Santos.
A delegada responsável confirmou que o envenenamento foi direcionado ao jovem. A mudança no foco da investigação ocorreu após uma acareação entre os envolvidos, que revelou inconsistências nas falas de Ademilson. Ele tentou responsabilizar a irmã, mas áudios mostraram que foi ele quem pediu e distribuiu os bolinhos à família.
Contradições no depoimento do padrasto
Ademilson foi o único a manipular os alimentos e entregá-los pessoalmente. A mãe de Lucas relatou ter achado a atitude do companheiro incomum. A polícia também apura relatos de que o padrasto pode ter abusado sexualmente dos enteados por anos e temia que o jovem se afastasse. Dias antes do crime, Lucas planejava iniciar um relacionamento e se mudar de cidade.
A motivação pode estar ligada a um comportamento possessivo e controlador. A mãe, embora ciente de episódios anteriores, demonstrou postura omissa diante das suspeitas. A investigação busca entender se o envenenamento foi uma tentativa de impedir a autonomia do jovem.
Estado de saúde de lucas permanece grave
A vítima permanece internada em estado grave, necessitando de hemodiálise e suporte ventilatório. A hipótese de uso de chumbinho foi descartada por um médico, que identificou lesões incompatíveis com esse tipo de veneno. A polícia aguarda os laudos toxicológicos para confirmar a substância usada. O pedido de prisão temporária do padrasto foi negado pela Justiça.
