O profissional de som Ernandes dos Santos Pereira Filho, conhecido como Nando do Som, de 25 anos, era uma figura popular em Salvador, onde animava eventos com seu sistema de som. Ele não apenas instalava os equipamentos, mas também comandava as festas em vários bairros da capital baiana. Pai de duas meninas, de 3 e 5 anos, a família de Nando afirmou que ele não tinha nenhuma ligação com atividades criminosas.
Na madrugada do último domingo, 13 de julho, o trabalho de Nando culminou em uma tragédia. Contratado para levar seu paredão de som para uma festa no Arraial do Retiro, uma área conhecida pela atuação do tráfico de drogas, ele foi abordado logo ao chegar. De acordo com relatos de testemunhas, indivíduos armados, supostamente ligados ao Comando Vermelho (CV), revistaram seu celular e, pouco depois, o executaram com múltiplos tiros no rosto.
Testemunhas se manifestaram
Testemunhas relataram que, depois dos tiros, o corpo de Nando foi arrastado pela rua e depois abandonado. A área foi isolada para que a Polícia Técnica (DPT) pudesse remover o corpo e iniciar as investigações no local.
A Polícia Civil da Bahia, através do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), abriu um inquérito para apurar o crime. O foco é identificar os responsáveis e entender a motivação do assassinato, que ainda não está clara. Até o momento, não houve prisões.
Família nega envolvimento com crime
Familiares de Nando afirmam que ele sempre se dedicou a trabalhos honestos, com sua atuação restrita ao setor de eventos. A notícia de seu envolvimento chocou amigos, conhecidos e os moradores da região, que o descreviam como um indivíduo alegre e extremamente dedicado às filhas. A polícia continua investigando as alegações de que Nando foi mais uma vítima da violenta disputa entre facções criminosas em Salvador.
