Um vídeo divulgado pelas autoridades traz à tona detalhes perturbadores do caso que investiga a morte de Ivan Michel Bonotto, de 35 anos, ocorrida na cidade de Sorriso, Mato Grosso.
Nas imagens, é possível ver a médica Sabrina Iara de Mello, investigada por envolvimento no crime, entrando no centro cirúrgico enquanto a vítima é socorrida e apagando um vídeo do celular de Ivan que registra o momento em que ele foi esfaqueado a mando do marido dela, Gabriel Tacca, segundo relatou a polícia. A ação foi registrada no momento em que Ivan recebia atendimento médico após ser atacado em um bar de propriedade de Gabriel.
Marido da médica e executor do homicídio estão presos
A prisão de Gabriel Tacca, marido de Sabrina, e de Danilo Guimarães, apontado como executor do homicídio, ocorreu na última terça-feira (15). A Polícia Civil investiga a médica por fraude processual, já que ela invadiu o celular de Ivan com o objetivo de apagar provas que pudessem incriminá-la ou revelar o relacionamento extraconjugal entre ela e a vítima.
Imagens flagraram médica pegando celular de vít1m4 esf4que4da e apagando provas em Sorriso; veja vídeo pic.twitter.com/8WJsirtTaE
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Sabrina teria aproveitado sua condição profissional para adentrar o centro cirúrgico e destruir o conteúdo do celular de Ivan, incluindo mensagens e fotos, horas após o ataque, dificultando o trabalho das investigações. Segundo o delegado Bruno França, o crime foi planejado após Gabriel descobrir o caso da esposa com Ivan. Após o ataque, Ivan foi levado a um hospital particular na cidade de Sorriso, a 420 km de Cuiabá, onde acabou morrendo horas depois, vítima de uma parada cardiorrespiratória.
Mais sobre as investigações da polícia
Sabrina, que alegou aos policiais que apagou os dados para “proteger a vítima”, compareceu à unidade de saúde pouco tempo após o ocorrido, sob a justificativa de ser apenas uma amiga do paciente, enquanto na realidade buscava apagar provas do crime. A investigação revelou que, apenas três dias após o ataque, o celular de Ivan foi devolvido à família, com todos os arquivos apagados. Apesar de negar envolvimento no homicídio, Sabrina admitiu ter apagado as provas do celular, o que reforça as suspeitas contra ela. A defesa da médica afirmou ao G1 que não se manifestará até que todos os detalhes do caso sejam esclarecidos, enquanto a polícia continua investigando as motivações e o envolvimento de cada um dos envolvidos nesse crime.
