A médica ginecologista Sabrina Iara de Mello teria se aproveitado da própria função profissional para apagar provas cruciais do assassinato de Ivan Bonotto, ocorrido em março deste ano, em Sorriso (MT). De acordo com o delegado Bruno França, responsável pela investigação, a médica entrou no centro cirúrgico onde a vítima era socorrida e apagou dados importantes do celular de Ivan.
A ação teria ocorrido logo após o crime, enquanto os profissionais de saúde tentavam salvar o homem esfaqueado. O delegado relatou que a médica teve acesso direto ao celular da vítima e agiu com o objetivo de eliminar evidências. Segundo ele, o aparelho foi praticamente resetado pela profissional.
Delegado se manifesta
“Ela inclusive já assumiu que realmente já apagou todas as provas do celular da vítima, apesar de negar envolvimento no homicídio”, explicou o delegado Bruno França. Ainda conforme as informações da Polícia Civil, Sabrina admitiu que apagou as informações do telefone, mas nega qualquer envolvimento direto no assassinato.
Ela está sendo investigada por fraude processual e pode ser responsabilizada por tentar interferir nas investigações do homicídio. O crime teria sido encomendado por Gabriel Tacca, marido da médica, após descobrir o relacionamento extraconjugal entre ela e Ivan Bonotto.
Triângulo amoroso
Ivan era amigo do casal e mantinha um envolvimento amoroso com Sabrina. Ao descobrir o caso, Gabriel teria contratado Daniel Fagundes para executar o assassinato. O homicídio aconteceu dentro da distribuidora do próprio mandante, onde a vítima foi atraída e esfaqueada. A motivação principal seria o ciúmes e o sentimento de traição.
A Polícia Civil segue aprofundando as investigações para reunir provas que confirmem a participação de cada envolvido. A atuação da médica dentro do hospital, num momento tão crítico, é considerada um agravante pela autoridade policial. A operação que levou à prisão de Gabriel e Daniel foi deflagrada nesta semana, e Sabrina segue sob investigação.
