Vídeo: estudante de 18 anos é perseguida, agredida e ameaçada de morte por não usar sutiã

Estudante de 18 anos é agredida e ameaçada no centro de Curitiba por não estar usando sutiã. Câmeras de segurança registraram o ataque.

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Uma estudante de 18 anos foi agredida no centro de Curitiba por uma mulher que a repreendeu por não estar usando sutiã. O ataque ocorreu na quarta-feira (17) e as imagens das câmeras de segurança foram divulgadas no sábado (19). A jovem, que frequenta um cursinho pré-vestibular na região do Largo da Ordem, caminhava em direção a uma cafeteria no Alto São Francisco quando foi abordada pela agressora.

Segundo o advogado da vítima, Eduardo Holdorf, a mulher iniciou as ofensas verbais, chamando a estudante de “sem-vergonha”, e rapidamente passou para a agressão física. “Ela desferiu um soco no rosto da vítima e a ameaçou, dizendo que a tiraria a vida com a ajuda do marido”, relatou Holdorf ao site Banda B.

Agressão só parou quando ameaçou chamar a polícia

Assustada, a estudante tentou se desvencilhar da agressora atravessando a rua, mas foi perseguida. Ao entrar em uma galeria comercial em busca de ajuda, a jovem acionou um funcionário, que não percebeu a gravidade da situação. A agressora continuou o ataque dentro da galeria, desferindo golpes na cabeça da vítima e arrastando-a pelos cabelos. “Ela só parou quando alguém gritou que chamaria a polícia”, acrescentou o advogado.

As imagens da câmera de segurança da galeria mostram a violência do ataque. A agressora entra logo atrás da estudante e inicia as agressões, desferindo socos e puxando a jovem pelos cabelos. A vítima tenta se proteger, mas é arrastada pelo chão.

Investigação e busca por justiça

A Polícia Militar registrou o caso como lesão corporal. No entanto, a defesa da estudante argumenta que a agressão se caracteriza como tentativa de homicídio ou crime contra a mulher, considerando que a motivação foi a ausência do sutiã. A agressora ainda não foi identificada.

A estudante passará por exame de corpo de delito, e o advogado busca mais imagens e testemunhas para fortalecer o caso. Ele também deve formalizar uma notícia-crime na próxima semana para que as autoridades reavaliem a classificação do crime. O advogado busca que o caso seja investigado com a devida seriedade, considerando a violência da agressão e a motivação relatada.