Pen drive encontrado na casa de Bolsonaro intrigou PF, mas análise revela surpresa; foco agora é no celular

Dispositivo foi encontrado durante operação autorizada por Moraes; parte das informações do celular está em nuvem e análise pode demorar.

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Investigadores da Polícia Federal informaram que o pen drive apreendido na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro, na última sexta-feira (18), não continha informações significativas. A apreensão do dispositivo ocorreu durante uma operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Após análise técnica, a PF descartou a presença de qualquer conteúdo relevante no aparelho. Bolsonaro, por sua vez, declarou não ter conhecimento do objeto. “Uma pessoa pediu para ir ao banheiro, eu apontei o banheiro, e voltou com um pen drive na mão. Nunca abri um pen drive na minha vida”, disse ele.

Celular em análise; nuvem complica perícia

A Polícia Federal apreendeu o celular pessoal do ex-presidente, além de outros dispositivos eletrônicos. Conforme apuraram os investigadores, a análise do aparelho está em curso, mas a perícia encontra um desafio: uma parcela dos dados está salva em serviços de nuvem. Isso significa que o processo de acesso e exame dessas informações é mais demorado e exige maior complexidade técnica. O principal objetivo dessa investigação é encontrar qualquer dado relevante que possa estar guardado remotamente.

Bolsonaro nega irregularidades no dinheiro

Durante a ação, policiais encontraram 14 mil dólares em dinheiro na residência de Jair Bolsonaro. O ex-presidente afirmou que o valor foi obtido legalmente e apresentou um comprovante da transação financeira para comprovar a origem. As investigações estão em andamento para verificar se há alguma irregularidade com o dinheiro ou sua movimentação.

Com a análise do pen drive concluída e sem irregularidades detectadas, a Polícia Federal agora está focando nos dados do celular do ex-presidente. O inquérito permanece sob sigilo e está a cargo da equipe responsável por investigar possíveis crimes envolvendo pessoas próximas a Bolsonaro, conforme ordem do Supremo Tribunal Federal. Enquanto isso, o ex-presidente continua alegando que não há nada ilegal em seus bens ou nos itens apreendidos.