Alexandre de Moraes aplica duro golpe em Eduardo Bolsonaro ao determinar bloqueio de contas bancárias

Ministro do Supremo Tribunal Federal determinou ação que pode complicar a vida de Eduardo Bolsonaro nos EUA.

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou o bloqueio de contas bancárias, chave Pix, bens móveis e imóveis do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A decisão também suspende o recebimento de seu salário como parlamentar, numa tentativa de minar sua atuação nos Estados Unidos em apoio ao pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.

A Polícia Federal (PF) considera que as restrições patrimoniais podem ser mais eficazes do que um pedido de prisão, já que Eduardo está no exterior. “O que passa na cabeça do Trump eu não sei. Eu gosto dele, eu sou apaixonado por ele”, afirmou Bolsonaro em entrevista recente, alimentando suspeitas de articulação com o ex-presidente americano.

Investigações miram verba enviada por Jair Bolsonaro

A PF apura a transferência de R$ 2 milhões de Jair Bolsonaro para Eduardo, com o objetivo de financiar sua estadia nos EUA. A suspeita é de que esse valor tenha sido usado para tentar influenciar o governo Trump a adotar sanções contra o Brasil, estratégia considerada grave no âmbito das investigações sobre atos antidemocráticos.

Experiências anteriores mostraram a dificuldade em obter a extradição de brasileiros nos EUA, mesmo com ordem de prisão do STF. Por isso, a PF decidiu agir sobre o patrimônio de Eduardo, dificultando sua movimentação e acesso a recursos financeiros.

Estratégia para conter lobby internacional da família Bolsonaro

Com a aplicação da tornozeleira eletrônica a Jair Bolsonaro e agora o bloqueio de bens do filho, as autoridades ampliam a pressão sobre a família. O foco é desarticular qualquer tentativa de mobilização internacional contra decisões da Justiça brasileira, especialmente em território americano.