Vídeo mostra médicos segurando paciente em cirurgia durante terremoto na Rússia: ‘mantiveram a calma…’

Médicos realizavam procedimento cirúrgico quando terremoto atingiu o local.

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Um forte terremoto de magnitude 8,8 atingiu a região de Petropavlovsk-Kamchatsky, no extremo leste da Rússia, na manhã desta quarta-feira (30), no horário local. Durante o tremor, médicos que realizavam uma cirurgia na cidade continuaram o procedimento apesar do abalo sísmico.

Um vídeo mostra os profissionais segurando o paciente em meio aos tremores. O ministro da Saúde regional, Oleg Melnikov, se manifestou. “Apesar do perigo, os médicos mantiveram a calma e permaneceram com o paciente até o fim”, disse.

Terremoto favoreceu tsunami

O epicentro do tremor foi registrado a cerca de 125 km da cidade, a uma profundidade de 19,3 km, o que favoreceu a formação de um tsunami. Ondas de até 4 metros foram observadas na costa de Kamtchatka, levando à evacuação de diversas áreas. A agência estatal Tass reportou ferimentos leves em várias pessoas, incluindo passageiros de um aeroporto. Autoridades locais alertaram a população para evitar regiões costeiras imediatamente.

O evento sísmico não se limitou à Rússia. Países como Japão e Estados Unidos também sentiram os efeitos, especialmente no Havaí, onde voos foram cancelados e o comércio suspenso. O Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico informou que ondas atingiram o arquipélago e alertou para o risco de ondas de tsunami destrutivas. A costa do Japão também recebeu alertas de emergência, e trens foram suspensos em algumas regiões.

Maior terremoto dos últimos 70 anos

O terremoto foi considerado o mais intenso na Península de Kamtchatka desde 1952, conforme informou o Serviço Geofísico da Academia de Ciências da Rússia. A cidade de Severo-Kurilsk, ao sul da península, iniciou evacuações emergenciais, afetando cerca de 2 mil moradores. Governadores das regiões afetadas reforçaram a necessidade de manter distância do litoral até nova avaliação das autoridades.

Além da Rússia e do Japão, alertas preventivos foram emitidos para países do continente americano como México, Chile, Equador e Estados Unidos. No entanto, nesses locais, o risco de impacto direto é considerado menor. O terremoto reforça o risco constante enfrentado pelas populações que vivem no Círculo de Fogo do Pacífico, área conhecida por sua intensa atividade geológica.