Pai de Juliana Marins desabafa ao abrir mochila intacta da filha trazida da Indonésia: ‘Veio a tristeza de constatar que…’

Objetos pessoais da jovem que faleceu em trilha na Indonésia trazem à tona lembranças e emoção para a família.

PUBLICIDADE

Em uma publicação emocionante nas redes sociais, Manoel Marins, pai de Juliana Marins, compartilhou a experiência de abrir a mochila da filha, que faleceu em junho após uma queda durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. A jovem, natural do Rio de Janeiro e residente em Niterói, viajava pela Ásia desde fevereiro.

A mochila, que permaneceu intacta desde o seu retorno da Indonésia, continha pertences que desencadearam uma onda de memórias e sentimentos na família. “Ontem, finalmente, reunimos coragem e abrimos a mochila que a Ju levou na viagem”, escreveu Manoel.  “À medida em que retirávamos seus pertences, nosso coração apertava. Cada peça de roupa, cada objeto, nos remetia a uma gama de lembranças e sentimentos dos momentos felizes que passamos juntos.”

Relembrando momentos felizes

A lembrança da presença física de Juliana contrasta com a realidade de sua ausência, intensificando a dor da família.  “Veio a tristeza de constatar que agora ela está presente apenas em nossas mentes e corações. Não mais fisicamente”, desabafou o pai.  Ele descreveu a sensação como “a presença de uma ausência“, um sentimento que, segundo ele, os acompanhará por um longo período, mas que se tornará mais leve com o tempo.

Manoel compartilhou um trecho da canção de Gonzaguinha, Diga lá meu coração, que expressa a permanência de Juliana em suas memórias:  “diga lá meu coração que ela está dentro do meu peito e bem guardada, e que é preciso, mais que nunca, prosseguir”.  E acrescentou: “É o que procuraremos fazer, na certeza de que o Eterno continuará a enxugar nossas lágrimas e não nos abandonará jamais.”

A jornada de Juliana pela Ásia

A publicação foi acompanhada por uma foto tirada por Juliana na Tailândia, um dos países que faziam parte de seu roteiro de viagem. A jovem compartilhava registros de sua jornada asiática nas redes sociais, tendo passado por Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia.

Juliana Marins, de 26 anos, faleceu em 24 de junho após cair de um penhasco de aproximadamente 300 metros durante uma trilha no vulcão Rinjani, na ilha de Lombok.  O Monte Rinjani, um vulcão ativo com mais de 3.700 metros de altitude, é um destino turístico popular, mas apresenta desafios como ar rarefeito e a necessidade de pernoitar durante a trilha.  Nos últimos cinco anos, oito pessoas faleceram e 180 ficaram feridas em acidentes no parque nacional onde o vulcão está localizado.