A audiência de custódia de Igor Eduardo Cabral, acusado de espancar a ex-namorada com 61 socos dentro de um elevador, teve um episódio marcante. Segundo a vítima, Juliana Garcia dos Santos Soares, a juíza que conduziu a sessão não conseguiu assistir ao vídeo completo da agressão.
“Ela não teve estômago para ver o vídeo todo”, relatou Juliana, em entrevista à TV Record. A cena gravada pelas câmeras de segurança do condomínio mostra a sequência violenta de socos desferidos contra Juliana, que teve o rosto desfigurado.
Prisão preventiva
A juíza optou por converter a prisão em flagrante em prisão preventiva, mantendo o agressor detido. A vítima comemorou a decisão e classificou a ação da Justiça como firme diante da gravidade do caso. Juliana contou que o episódio de violência foi o auge de um relacionamento marcado por abusos psicológicos.
A briga teria começado após o agressor acusá-la de traição e atirar seu celular na piscina, durante um churrasco com amigos. Com medo, ela subiu sozinha pelo elevador, mas foi seguida por Igor, que, segundo ela, ameaçou matá-la antes de iniciar as agressões.
Vítima deu detalhes
“Ele disse que eu ia morrer e começou a me bater. Eu não apaguei, mas também não estava consciente o suficiente para me lembrar o que ele falou naquele momento”, disse Juliana. As fraturas no rosto impediram que a cirurgia de reconstrução fosse realizada na data inicialmente marcada, e ela segue se recuperando em casa.
A tia da vítima, Jaqueline Garcia, afirmou que a família está abalada e espera que a Justiça mantenha a punição ao agressor. “Eu não consigo chamar esse homem pelo nome. Para mim, ele é um monstro”, declarou Jaqueline. O caso segue sendo investigado como tentativa de feminicídio.
