Dois meses após a morte de Adalberto Amarilio Júnior, encontrado em um buraco no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, a Polícia Civil ainda trabalha para esclarecer o crime. Cinco seguranças do local estão sob investigação, sendo que dois deles são apontados como os principais suspeitos de envolvimento direto no homicídio. Apesar disso, até o momento nenhum deles foi formalmente indiciado.
A delegada Ivalda Aleixo, diretora do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que a equipe está avaliando se há elementos suficientes para solicitar à Justiça a prisão preventiva de algum dos investigados. A medida depende de novas provas que estão sendo reunidas ao longo da investigação, incluindo depoimentos e laudos periciais.
Coordenador de segurança do evento foi preso
Entre os investigados está um coordenador de segurança que também é lutador de jiu-jitsu. Ele chegou a ser detido por posse ilegal de munições, mas foi liberado após pagar fiança. A polícia já tinha conhecimento de antecedentes criminais atribuídos a ele, incluindo crimes como furto e ameaça, o que levanta ainda mais suspeitas sobre seu possível envolvimento no caso.
Os investigadores acreditam que os suspeitos podem ter ocultado provas. Parte dos celulares entregues pelos seguranças foi apagada antes da perícia. Com isso, a polícia precisou solicitar autorização judicial para tentar recuperar dados armazenados na nuvem, processo que é mais demorado e depende de cooperação técnica.
Inquérito ainda não foi concluído
A equipe do DHPP segue em busca de novos depoimentos e informações para concluir o inquérito. Enquanto isso, cresce a expectativa por um desfecho que traga justiça à família de Adalberto. A possibilidade de prisões nos próximos dias é considerada, mas depende da consolidação de provas mais robustas.
