A investigação do assassinato de Adalberto Amarilio Júnior esbarrou em um obstáculo inesperado: o silêncio dos principais suspeitos. Quatro dos cinco seguranças investigados pela polícia entregaram seus celulares para análise pericial, mas todos optaram por permanecer em silêncio durante os depoimentos.
De acordo com a delegada Ivalda Aleixo, parte dos aparelhos foi entregue com os dados apagados. A ação foi vista como uma tentativa de obstruir a apuração. A polícia precisou recorrer ao Judiciário para obter autorização para acessar informações armazenadas em nuvem, o que tornou o processo mais lento e complexo.
Segurança foi preso
A conduta dos seguranças está sendo analisada com cautela. Além do silêncio durante os depoimentos, um dos investigados — lutador de jiu-jitsu e coordenador da segurança — foi preso em flagrante por posse ilegal de munição. Apesar de ter sido liberado após o pagamento de fiança, seu histórico criminal trouxe à tona novas preocupações.
O quinto segurança ainda não foi ouvido pela polícia e não entregou seu celular para perícia. A delegada informou que ele será intimado a comparecer à delegacia nos próximos dias. A ausência de colaboração por parte desse suspeito também levanta suspeitas sobre seu possível envolvimento no crime.
Polícia de SP não desiste de esclarecer o crime
Com a análise dos celulares, os depoimentos de testemunhas e os laudos periciais em andamento, a polícia tenta montar o quebra-cabeça do que aconteceu naquela noite no Autódromo de Interlagos. A apatia dos investigados durante os depoimentos tem dificultado o avanço do caso, mas a delegada garante que a equipe não vai desistir.
