Lembra dele? Irreconhecível, Maníaco do Parque fala o que pretende fazer após se livrar da cadeia

Condenado por nove assassinatos, Francisco de Assis Pereira, o Maníaco do Parque, afirma ser um ‘novo homem’.

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Francisco de Assis Pereira, conhecido como Maníaco do Parque, será liberto em 2028 após cumprir os 30 anos máximos previstos na lei penal da época de sua condenação. Condenado por tirar a vida de nove mulheres, ele afirmou em entrevista à psicóloga forense Simone Lopes Bravo que deseja mudar de nome ao deixar a prisão. “Sou um novo homem. Aquele Francisco não existe mais”, declarou. A entrevista faz parte de um livro que Simone está lançando sobre o criminoso.

Crimes e mudança de comportamento na prisão

Francisco detalhou os crimes cometidos no Parque Ibirapuera, em São Paulo, onde atraía mulheres com falsas promessas de carreira como modelo. Após os homicídios, ele retornava aos locais para se masturbar diante dos corpos.

Ele diz que nem todas as abordagens resultaram em morte, e que algumas vítimas foram poupadas. Batizado na prisão em 1999, afirma que sua conversão o afastou de pensamentos violentos e que hoje vive em oração. Apesar da mudança, não pede perdão às famílias das vítimas: “Deus já me perdoou”.

Contato com psicóloga e lançamento de livro

Hoje com cerca de 120 quilos e sem dentes, devido a uma condição genética, Pereira chamou a atenção durante um recadastro penitenciário. A psicóloga Simone Bravo iniciou contato com ele por carta durante a pesquisa para seu livro. Após substituir a mãe do detento como visitante, passou a encontrá-lo pessoalmente. Assim nasceu a obra Maníaco do Parque, a loucura lúcida. 

Origens dos impulsos e atração por mulheres

Segundo o próprio Pereira, os impulsos começaram na infância, após ter acesso precoce a conteúdo adulto. Na adolescência, relatou um comportamento sexual compulsivo. Ao ser questionado por que não atacava homens, respondeu que sua atração era exclusiva por mulheres. A previsão de sua soltura sem exame criminológico gera debate sobre segurança pública e ressocialização de criminosos com histórico de violência sexual.