Um parente da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foi preso em flagrante nesta sexta-feira (1º/8) por posse de conteúdo pornográfico infantil. Gilberto Firmo Ferreira, tio de Michelle, foi detido em sua residência no Sol Nascente, Distrito Federal, após a Polícia Civil cumprir um mandado de busca e apreensão expedido pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO).
A prisão ocorreu após a descoberta de vídeos e fotos de conteúdo adulto envolvendo menores de idade no aparelho celular do suspeito.
Investigação revela detalhes da operação
A operação, conduzida pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), contou com o apoio de informações fornecidas por uma organização não governamental dos Estados Unidos e pela Polícia Federal. Devido à deficiência auditiva de Gilberto Firmo, a PCDF acionou um intérprete de Libras da Secretaria da Pessoa com Deficiência do DF para auxiliar na comunicação durante o depoimento. Em sua declaração, o suspeito alegou “receber o conteúdo pornográfico em um grupo com sete pessoas”.
A relação familiar entre Gilberto Firmo e Michelle Bolsonaro remonta à infância da ex-primeira-dama. Foi a deficiência auditiva do tio que a motivou a aprender Libras, tornando-se, posteriormente, uma defensora da inclusão de pessoas com deficiência. A prisão de Gilberto Firmo, no entanto, não é o primeiro caso de envolvimento de familiares de Michelle Bolsonaro com a justiça. Em 2019, outro tio da ex-primeira-dama, João Batista Firmo Ferreira, foi preso durante a Operação Horus, que investigava milícias suspeitas de grilagem de terras, extorsão e homicídio no Distrito Federal.
Audiência de custódia e defesa do acusado
A audiência de custódia de Gilberto Firmo está marcada para este sábado (2/8). Seu advogado, Samuel Magalhães, afirmou que “a defesa irá se manifestar no curso regular do processo e está confiante de que demonstrará a inocência do acusado”. O suspeito responderá pelo crime previsto no artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que prevê pena de até quatro anos de prisão.
A PCDF segue investigando o caso para apurar a origem do material encontrado no celular de Gilberto Firmo e identificar os demais integrantes do grupo mencionado em seu depoimento. A polícia busca também determinar se houve compartilhamento do conteúdo ilícito e se outras pessoas estão envolvidas na produção e distribuição desse tipo de material.
