A vida de Bobby teve uma reviravolta inesperada em seu primeiro dia na faculdade, em 1980. O que parecia ser apenas o início de uma nova fase acadêmica revelou-se também como a porta de entrada para um passado desconhecido de trigêmeos. Ao chegar à instituição, ele começou a ser chamado de Eddy por outros alunos, que notaram sua incrível semelhança com um estudante que havia estado ali no ano anterior.
A coincidência chamou a atenção de todos, e um colega chegou a sugerir, em tom de brincadeira, que Bobby poderia ter um irmão gêmeo perdido. Curioso com os comentários, ele decidiu visitar a casa de Eddy naquela mesma noite. O que parecia uma simples coincidência transformou-se em uma descoberta surpreendente: os dois eram, de fato, irmãos separados desde o nascimento e adotados por famílias diferentes.
Triste descoberta de trigêmeos
A história ganhou ainda mais complexidade quando, pouco tempo depois, os irmãos descobriram a existência de um terceiro irmão: David. Os três eram trigêmeos idênticos e, apesar de terem crescido em lares distintos, possuíam gostos, comportamentos e até experiências de vida muito semelhantes. A coincidência de todos terem sido adotados por famílias com uma filha mais velha também chamou a atenção.
Em 2018, a história inspirou o documentário Three Identical Strangers, dirigido por Tim Wardle, disponível na Netflix. O filme revelou que Bobby, Eddy e David foram parte de um estudo psicológico liderado pelo psiquiatra Peter Neubauer. O objetivo do experimento era entender a influência do ambiente e da genética no comportamento humano.
Estudo controverso
Para esse estudo controverso, diversos pares de gêmeos foram separados propositalmente nos anos 1960, sem o conhecimento das famílias. As crianças eram monitoradas regularmente sob o pretexto de avaliações de rotina da adoção. Cada uma foi criada em contextos socioeconômicos diferentes, o que levantou sérias questões éticas sobre os limites da ciência na vida humana.
