Um caso de violência brutal seguido por denúncias de maus-tratos dentro do sistema prisional está chamando a atenção da opinião pública nos últimos dias. O ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos, está no centro dessa polêmica. Ele foi preso após agredir a namorada com 61 socos dentro de um elevador em Natal, no Rio Grande do Norte.
A ação, flagrada por câmeras de segurança, deixou a vítima, Juliana Garcia, com traumatismo craniano e diversas fraturas no rosto, exigindo cirurgia de reconstrução. O episódio causou revolta em todo o país e resultou na prisão do agressor, que permanece em regime fechado desde o dia 26 de julho.
Igor Cabral denuncia agentes da Polícia
Agora, a polêmica ganhou um novo capítulo com a denúncia de Igor contra agentes penitenciários da Cadeia Pública Dinorá Simas, onde está detido. Segundo ele, foi colocado nu e algemado em uma cela, onde teria sido espancado com socos, chutes e cotoveladas, além de ser atingido por spray de pimenta. Ainda de acordo com o relato, registrado em Boletim de Ocorrência, os agentes teriam feito ameaças, insinuando que sua comida poderia ser envenenada e o incentivado a tirar a própria vida. Igor teria escutado um dos agentes dizer que ele “chegou ao inferno”, enquanto sofria as supostas agressões. A Secretaria da Administração Penitenciária (Seap) confirmou a abertura de investigação após receber as denúncias.
A Corregedoria do Sistema Prisional e a Ouvidoria foram acionadas, e Igor foi submetido a exame de corpo de delito no Instituto Técnico-Científico de Perícia. A Polícia Civil também iniciou apuração independente. Enquanto isso, a defesa do ex-jogador reclama da falta de acesso ao cliente e aos autos do processo, sinalizando a possibilidade de tomar medidas judiciais contra o Estado, caso as agressões dentro da unidade sejam comprovadas.
Esta foi a justificativa do agressor para o crime
O crime cometido por Igor continua gerando forte indignação. O ex-atleta, que já integrou a Seleção Brasileira de Basquete 3×3, alegou em depoimento à polícia que sofreu um “surto claustrofóbico” durante a discussão com a namorada, justificando a violência com base em suposta provocação. A justificativa não amenizou a revolta nas redes sociais e entre entidades de defesa dos direitos das mulheres, que cobram punição exemplar. Juliana Garcia, por sua vez, segue em recuperação e recebe apoio de amigos e familiares, enquanto tenta se reerguer após o ataque.
