Juliana Garcia sobreviveu a uma tentativa brutal de feminicídio que quase lhe custou a vida. Atacada de forma covarde e sem possibilidade de defesa, a jovem de 35 anos foi agredida do 16º andar até o térreo do prédio onde vivia.
Como consequência da violência, precisou passar por uma delicada cirurgia de reconstrução facial. O episódio, embora traumático, transformou-se num ponto de viragem na sua vida: hoje, ela ergue a própria voz em defesa de outras mulheres vítimas de violência.
Juliana Garcia manda recado para Igor Cabral
Com coragem, Juliana Garcia vem usando as redes sociais e entrevistas para chamar atenção à realidade de milhares de mulheres em situação de vulnerabilidade. “A culpa não foi minha e a culpa nunca será da vítima”, declarou enfaticamente, numa tentativa de combater o julgamento social que muitas sobreviventes enfrentam.
Para ela, os olhos machucados tornaram-se um símbolo não de dor, mas de resistência. “Que ele soubesse que não deu certo, que eu estou viva”, afirmou a jovem, enviando um recado para o seu ex-companheiro.
Sobre a agressão de Juliana Garcia dentro de elevador
No relato do episódio, Juliana Garcia explicou que sua principal preocupação era impedir que Igor Cabral, seu agressor, entrasse em seu apartamento e destruísse seus pertences. Por isso, permaneceu no elevador, mesmo diante do risco naquele momento.
Quando os elevadores de serviço e social chegaram simultaneamente ao 16.º andar, ela tentou convencer Igor a descer. Juliana recusou-se a sair, pois sabia que no corredor não havia câmeras de vigilância fora do local.
Desconfiada do comportamento agressivo do ex-companheiro, tentou proteger-se como pôde. Em um gesto desesperado, apontou discretamente para a câmera dentro do elevador, numa tentativa de alertar a portaria para a gravidade da situação.
