O país segue em choque após a brutal agressão sofrida por Juliana Garcia dos Santos, de 35 anos, vítima de mais de 60 socos desferidos por Igor Eduardo Pereira Cabral, seu então namorado e ex-jogador de basquete. O ataque aconteceu dentro de um elevador, no dia 26 de julho, em Natal (RN), e durou mais de 30 segundos.
As imagens de segurança registraram a sequência de violência, que deixou Juliana com o rosto desfigurado, múltiplas fraturas faciais e a necessidade de uma cirurgia de reconstrução.
Porteiro revela o que viu nas câmeras
A prisão de Igor só foi possível pela rápida atuação do porteiro Manoel Anésio, que acompanhava as câmeras em tempo real. Ele acionou a polícia assim que viu o estado de Juliana após as agressões: “Vi nas câmeras a cena dela levantando com o rosto ensanguentado”.
Em menos de dez minutos, uma equipe da PM chegou ao prédio e encontrou Igor contido por moradores. Com o flagrante registrado, o agressor foi preso e autuado por tentativa de feminicídio. Na audiência de custódia, a juíza responsável admitiu não conseguir assistir ao vídeo até o fim, tamanha a brutalidade das imagens.
Em entrevista ao programa Domingo Espetacular, Juliana fez um desabafo comovente. Ao falar sobre o que sente desde o episódio, ela declarou que não tem outra escolha e que precisa ser forte. Disse que o pior momento do dia é quando se olha no espelho e não reconhece mais a mulher vaidosa que sempre foi, pois sente como se sua vida tivesse sido arrancada. Apesar disso, deixou claro que pretende seguir em frente e que esse será apenas o começo de uma nova trajetória.
Igor Cabral vai permanecer em cela comum
Mesmo diante da repercussão do caso, a Justiça do Rio Grande do Norte negou o pedido da defesa de Igor para que ele fosse colocado em cela isolada. A Secretaria de Administração Penitenciária afirmou que esse tipo de acomodação é reservado apenas para punições disciplinares dentro do sistema. Ele seguirá preso preventivamente, sem previsão de liberdade, em cela comum com outros detentos.
