Após saber da prisão do pai, Carlos Bolsonaro não resiste, sofre mal súbito e é levado às pressas ao hospital

Carlos Bolsonaro deu entrada em hospital no Rio de Janeiro após a decretação da prisão domiciliar de seu pai, Jair Bolsonaro.

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O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) foi internado na noite desta segunda-feira (4) em um hospital no Rio de Janeiro. A hospitalização ocorreu após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).  

Carlos Bolsonaro, segundo informações obtidas pela CNN Brasil, apresentou alterações cardíacas e, por recomendação médica, permaneceu internado para acompanhamento.

Decisão judicial impacta família Bolsonaro

Antes da internação, Carlos Bolsonaro esteve na sede do PL em Brasília e, por volta do meio-dia, retornou ao Rio de Janeiro.  A notícia da prisão domiciliar de seu pai teria desencadeado o mal-estar que o levou ao hospital. A CNN Brasil apurou que o vereador estava com a pressão arterial alterada e foi submetido a exames cardíacos.

A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, em resposta ao que o magistrado considerou “reiterado descumprimento das medidas cautelares” impostas ao ex-presidente.

“Em 3 de agosto, Carlos Nantes Bolsonaro, filho do réu, também realizou postagem, na rede social X, com a foto de Jair Messias Bolsonaro com o pedido para seguirem o perfil do réu: ‘sigam Jair Bolsonaro’, tendo conhecimento das medidas cautelares”, escreveu Moraes.

Moraes argumentou que Bolsonaro também violou as restrições ao participar, por telefone, de uma manifestação no Rio de Janeiro no domingo (3). A fala de Bolsonaro foi transmitida nas redes sociais por seus filhos, o que, segundo Moraes, configura descumprimento das medidas cautelares.

Restrições e repercussões da prisão domiciliar

Entre as medidas cautelares impostas a Bolsonaro estavam a proibição de sair do país, o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e nos fins de semana, além da proibição de contato com embaixadas, embaixadores, outros réus e autoridades estrangeiras. Também estava vedado o uso de redes sociais, direta ou indiretamente.

A defesa de Jair Bolsonaro afirmou que foi surpreendida pela decisão e nega que tenha havido descumprimento das medidas cautelares. Os advogados argumentam que a frase proferida pelo ex-presidente na manifestação “não pode ser compreendida como descumprimento de medida cautelar, nem como ato criminoso”. A defesa anunciou que irá recorrer da decisão.

A prisão domiciliar de Bolsonaro gerou reações diversas no cenário político. Aliados do ex-presidente criticaram a decisão, enquanto opositores a consideraram adequada.