Novas revelações sobre o voo 2283 da Voepass, que caiu em agosto de 2024 com 62 pessoas a bordo, apontam que uma falha nos sistemas de degelo da aeronave foi omitida antes da decolagem. A informação foi revelada por uma gravação entre dois funcionários da companhia aérea, obtida semanas após o acidente.
Um deles, sem saber que estava sendo gravado, afirmou sentir “remorso desgraçado” por não registrar o problema oficialmente no diário de bordo. Segundo relatos de mecânicos e ex-comandantes, a aeronave — um ATR 72-500, conhecida pelo prefixo PS-VPB — já apresentava falhas crônicas no sistema “boot”, responsável por remover gelo das asas.
Mesmo diante de boletins meteorológicos que alertavam para formação intensa de gelo, o avião não executou os procedimentos recomendados, como baixar altitude para evitar acúmulo nas superfícies. O sistema de degelo foi acionado três vezes, mas não foi suficiente para manter a estabilidade. As informações são do Fantástico, da Globo.
Famílias inteiras destruídas por tragédia
Entre os passageiros, estavam famílias inteiras que viajavam sem saber que voariam com a Voepass. As passagens foram compradas por meio da Latam, que operava em parceria com a empresa regional. O nome Voepass aparecia apenas de forma discreta nos bilhetes. A Latam afirma que rompeu o acordo de codeshare por iniciativa própria após o acidente.
Associação foi formado por parentes das vítimas
A dor da perda permanece viva entre os familiares. Eduarda Hubner, filha de duas vítimas, disse ter assumido o papel de mãe para os irmãos mais novos. Outros parentes formaram uma associação para buscar justiça. Eles cobram a divulgação do conteúdo do gravador de voz da cabine e mais transparência por parte das autoridades.
