A modelo brasileira Jannah Nebbeling, de 29 anos, relatou uma série de abusos supostamente cometidos pelo jogador de futebol paraguaio Jorge Báez, com quem manteve um relacionamento entre 2022 e 2024. Segundo a denúncia, os episódios de violência ocorreram principalmente no Paraguai, onde ela afirma ter sido mantida em cárcere privado, impedida de buscar ajuda ou denunciar oficialmente o caso. Jannah compartilhou fotos de ferimentos no rosto, nos lábios e diversas marcas pelo corpo, além de vídeos e relatos que detalham o que ela classifica como um ciclo contínuo de agressões e tortura.
De acordo com o depoimento da modelo, o jogador exercia controle total sobre sua vida. Em uma das situações mais graves, ela contou que foi amarrada com cordas em uma escada, agredida com luvas de boxe e mordida na mão. Báez, segundo ela, dizia que o uso das luvas era para não deixar marcas no rosto, o que não impediu que ela ficasse com os olhos roxos.
Modelo detalhou agressões de Jorge Báez
Jannah Nebbeling evidenciou a gravidade das agressões: “Tenho meu rosto deformado e com cicatrizes”. A violência, no entanto, não era apenas física: Jannah afirma ter sido abusada sexualmente enquanto estava inconsciente e afirma que a manipulação emocional e o isolamento foram usados como ferramentas de dominação.
Ainda segundo o relato, a tentativa de procurar ajuda no Paraguai foi frustrada pelo medo. Ela diz que um médico chegou a aconselhá-la a não denunciar, alertando que Jorge Báez teria influência suficiente para corromper autoridades locais. A modelo afirma que foi filmada em situações humilhantes, obrigada a participar de práticas que o jogador chamava de brincadeiras, mas que, segundo ela, eram atos sádicos e cruéis. Com o tempo, relata, foi perdendo completamente a liberdade, sendo afastada da família, amigos e da própria identidade.
Fuga para o Brasil
A fuga do relacionamento abusivo só foi possível após uma longa viagem de ônibus até o Brasil, onde procurou a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, no Rio de Janeiro, para registrar a denúncia formal. Desde então, Jannah vem reunindo provas como prints, vídeos e áudios, além de relatos que sustentam a acusação de violência, cárcere privado, abuso sexual e psicológico. Ela afirma que o caso precisa ser levado a sério pelas autoridades e que a Justiça não pode ser influenciada por fama ou dinheiro.
