Salário de Eduardo Bolsonaro é pago e valor de verba de gabinete vem à tona

Deputado recebeu valor da Câmara dos deputados após pedir licença por questões de saúde e de interesse pessoal.

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O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi reconduzido automaticamente ao cargo após 122 dias de licença, sendo dois por questões de saúde e 120 por interesse pessoal. A licença, iniciada em 20 de março, terminou no dia 20 de julho, e como determina o regimento da Câmara, o retorno não exige nova posse.

Segundo dados oficiais, Eduardo já recebeu salário referente ao mês de julho, mesmo ainda estando nos Estados Unidos. O valor bruto pago foi de R$ 17.000,94, com repasse líquido de R$ 13.338,69. Em meses de trabalho integral, o rendimento bruto do parlamentar é de R$ 46.366,19, resultando em cerca de R$ 34.615,76 líquidos.

Verba de gabinete ultrapassa R$ 120 mil

Além do salário, os gastos do gabinete de Eduardo Bolsonaro também chamam atenção. A Câmara dos Deputados registrou despesas que somam R$ 123.857,20 por meio da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP), a chamada verba de gabinete. O detalhamento dessas despesas, porém, ainda não está disponível no Portal da Transparência.

O portal Terra fez uma apuração e procurou a Câmara para esclarecer os valores pagos e os critérios para a diferença salarial em julho, mas até o momento da publicação dessa matéria ainda não houve resposta. Enquanto isso, cresce a pressão por mais transparência nos gastos do gabinete e pela presença do deputado nas sessões legislativas. Críticos afirmam que a situação reforça a sensação de impunidade e distanciamento entre representantes eleitos e o eleitorado. 

Eduardo segue nos EUA

Apesar do retorno ao cargo estar oficializado, Eduardo Bolsonaro ainda permanece nos Estados Unidos. A previsão é que ele retomaria as atividades presenciais na Câmara a partir de 4 de agosto, quando ocorrem as primeiras sessões ordinárias do segundo semestre.