Vítima, que faleceu atropelada por ex-jogador, deixou filho na creche momentos antes da tragédia.

O ex-jogador afirmou não se lembrar do ocorrido, alegando uso de medicamentos controlados.

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Uma mulher de 41 anos morreu na sexta-feira (8) após ser atropelada em Vargem Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A vítima, Ariane Carvalho da Silva, era advogada e havia deixado o filho de 3 anos na creche antes de seguir para o trabalho. O carro era conduzido por Luan Plácido Moreira da Costa, 21 anos, ex-jogador do Botafogo. O acidente ocorreu na Estrada dos Bandeirantes, em Vargem Pequena, e deixou outras três pessoas feridas.

Duas das vítimas, Wendell de Almeida, 28, e José Armando Cassiano, 22, receberam alta do Hospital Lourenço Jorge. Uma terceira, mulher de cerca de 35 anos, foi transferida em estado grave para o Hospital Miguel Couto. Três dos atingidos estavam de bicicleta, incluindo um possível entregador de aplicativo.

Prisão em flagrante e acusações

Segundo a polícia, Luan permaneceu no local e acionou o socorro, mas apresentou comportamento agressivo, tentou tomar a arma de um policial e danificou uma viatura. Na delegacia, agrediu outro PM com uma cabeçada. Inicialmente autuado por lesão corporal, desacato, resistência e dano ao patrimônio, ele também responderá por homicídio culposo após a morte de Ariane. O ex-jogador pagou fiança de R$ 3 mil e foi liberado.

Depoimentos e investigações

Familiares de Ariane lamentaram a perda e pediram justiça, destacando seu papel como mãe e profissional. A irmã Adriana disse não saber como será cuidar do sobrinho, enquanto Cristiane acusou Luan de estar embriagado. O ex-jogador afirmou não se lembrar do ocorrido, alegando uso de medicamentos controlados, e negou consumo de álcool ou drogas, mas recusou exame de urina.

Um laudo do IML indicou sinais de desorientação no condutor. A família do ex-jogador informou que ele será encaminhado a uma clínica de reabilitação. A defesa foi procurada, mas ainda não se manifestou.