A Polícia Civil do Espírito Santo concluiu que a morte da pequena Agatha Ester Santos Barbosa, de 1 ano e 6 meses, não foi resultado de um crime doloso. O inquérito, que investigou o caso ocorrido em maio, apontou que o namorado da mãe, inicialmente suspeito, não agiu com intenção de matar.
“Foram ouvidas testemunhas, analisada a vida pregressa da família, e foi possível comparar o laudo cadavérico com os relatos sobre a tentativa de reanimação feita pelo namorado da mãe. A intenção dele era salvar a criança, mas, com uso excessivo de força, acabou causando a morte”, disse a delegada Rafaella Aguiar.
Reanimação incorreta
No dia do ocorrido, Agatha sofreu uma parada cardiorrespiratória, e, no momento de desespero, o padrasto tentou reanimá-la. A investigação apurou que ele utilizou uma técnica incorreta, aplicando força excessiva no tórax. Apesar disso, não houve indícios de que a ação tenha sido motivada por qualquer ato de violência intencional.
Testemunhas ouvidas pela polícia descreveram a mãe como cuidadosa e o namorado como carinhoso, inclusive relatando boa convivência com as próprias filhas. Relatórios médicos e o histórico familiar reforçaram que não havia sinais de maus-tratos prévios.
Acidente e não crime
O Ministério Público recebeu o inquérito com a recomendação de arquivamento, já que as provas apontam para um acidente. Tanto o padrasto quanto a mãe foram liberados após 17 dias de prisão preventiva. Para a polícia, o caso representa uma tragédia familiar marcada por uma tentativa frustrada de socorro, e não por um ato de agressão premeditado.
