Soluço persistente, como o de Bolsonaro, pode ser sinal de algo muito mais grave do que você imagina

De incômodo passageiro a sinal de alerta: entenda quando o soluço exige atenção médica e quais os possíveis riscos à saúde.

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O soluço é uma contração involuntária do diafragma que, na maioria das vezes, é passageira e inofensiva, surgindo após refeições rápidas, consumo de bebidas gaseificadas ou emoções intensas. Normalmente desaparece em poucos minutos, mas quando persiste pode sinalizar problemas de saúde que exigem atenção médica. O fator principal a observar é a duração: soluços que ultrapassam 48 horas são classificados como persistentes, e os que se estendem por mais de um mês recebem o nome de intratáveis.

Segundo especialista, a orientação é procurar um médico quando o sintoma deixa de ser ocasional e se torna constante. Esse tipo de quadro pode causar complicações como dificuldade para respirar, engolir, falar ou dormir, e estar relacionado a diferentes doenças.

Sinais de alerta e possíveis causas

Entre as causas mais comuns estão problemas gastrointestinais, como refluxo gastroesofágico; doenças neurológicas, como lesões, tumores ou AVC; problemas respiratórios, como pneumonia; e fatores psicológicos, como estresse e ansiedade. O sintoma também pode aparecer em pacientes com câncer ou após um AVC, quando há irritação nos nervos que controlam o diafragma, como o frênico e o vago.

Casos intratáveis já foram observados em pessoas com câncer no cérebro, estômago ou linfoma. Em sobreviventes de AVC, a falha na transmissão de sinais no sistema nervoso central também pode ser um gatilho para o soluço persistente.

Quando buscar atendimento e formas de aliviar

A recomendação é procurar ajuda médica se o soluço durar mais de dois dias, especialmente se interferir no sono ou vier acompanhado de dor no peito, falta de ar, dificuldade para engolir, tontura, fraqueza, vômitos ou alterações na voz e visão. Para os casos comuns, medidas simples como prender a respiração, beber água gelada rapidamente, chupar limão ou mastigar pão seco podem ajudar. No entanto, quando o sintoma persiste, é fundamental investigar a causa e iniciar o tratamento adequado.