Prefeito de São Bernardo é afastado e usará tornozeleira eletrônica após operação da PF

Investigação aponta propinas e favorecimento de empresas em obras e saúde.

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Após uma operação da Polícia Federal, o prefeito de São Bernardo do Campo, Marcelo Lima, foi afastado de seu cargo por um ano. Nesta quinta-feira (14), ele recebeu a intimação para usar uma tornozeleira eletrônica, uma decisão da Justiça que substituiu o pedido de prisão feito pela PF. As investigações apontam para um possível envolvimento de Lima com um servidor que, em julho, teve R$ 14 milhões em espécie apreendidos pela polícia. Como medidas adicionais, o prefeito não pode se comunicar com os demais investigados e está impedido de deixar a cidade.

O auxiliar legislativo, que trabalhava para o deputado Rodrigo Moraes (PL) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), foi exonerado após a imprensa divulgar acusações contra ele. O deputado afirmou ao UOL que ficou surpreso com as notícias e já solicitou a exoneração do funcionário, que será oficializada no Diário Oficial.

Esquemas de corrupção

As investigações de um suposto esquema de corrupção, que incluiria o prefeito da cidade, foram iniciadas depois que a Polícia Federal (PF) apreendeu dinheiro com esse mesmo funcionário, que atualmente é considerado foragido.

Saiba mais sobre o caso

Segundo a TV Globo, o deputado Rodrigo Moraes manifestou o desejo de que os fatos venham à tona. A análise do celular de um homem ligado a ele indicou que ele realizava o pagamento de despesas pessoais do prefeito e de seus familiares.

Além disso, foram encontrados indícios de que ele também pagava propinas para favorecer a contratação de empresas nos setores de obras, saúde e manutenção do município. Entre os investigados pela Polícia Federal estão Danilo Lima, presidente da Câmara dos Vereadores de São Bernardo e primo do prefeito, e o suplente de vereador Ary José Oliveira.