Influenciadores presos sob suspeita de exploração infantil teriam destruído provas, diz Justiça

Casal é acusado de tráfico de pessoas, exploração sexual e trabalho infantil artístico irregular.

PUBLICIDADE

A Justiça decretou a prisão preventiva dos influenciadores digitais Hytalo Santos e seu marido, Israel Natan Vicente, conhecido como Euro, na manhã desta sexta-feira (15/8).  A decisão, expedida pelo juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa, da 2ª Vara da Comarca de Bayeux, na Paraíba, atende a acusações de tráfico de pessoas, exploração sexual e trabalho infantil artístico irregular, além da produção e divulgação de vídeos em redes sociais.

A ordem de prisão foi justificada pela necessidade de preservar a investigação,  já que, segundo o magistrado,  “os investigados já destruíram provas, já removeram tudo aquilo que seria apreendido e já turbaram [atrapalharam] a investigação”. O juiz ainda reforçou a gravidade da situação ao afirmar que “tais situações estão claras“.  A prisão preventiva busca evitar a destruição de novas provas e garantir a conveniência da instrução criminal.

Investigação aponta para fortes indícios de crimes graves

O juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa destacou em sua decisão que “há fortes indícios” da participação do casal nos crimes.  As provas colhidas até o momento, incluindo depoimentos de testemunhas e documentos, apontam para a autoria e materialidade dos crimes.  A denúncia envolve a produção de conteúdo com menores em situações de exploração, configurando tráfico de pessoas, exploração sexual e trabalho infantil artístico irregular.

Imagens da prisão dos influenciadores em sua residência em Carapicuíba, São Paulo, circularam nas redes sociais.  A repercussão do caso trouxe à tona debates sobre a segurança de crianças e adolescentes na internet e a necessidade de mecanismos mais eficazes para combater crimes dessa natureza.

Autoridades reforçam combate à exploração infantil na internet

A prisão de Hytalo Santos e Euro ocorre em um cenário de aumento das investigações sobre exploração infantil online. Órgãos competentes têm intensificado ações para identificar e responsabilizar envolvidos, além de promover medidas preventivas e campanhas de conscientização. O caso segue sob investigação, e novas informações poderão ser divulgadas conforme o avanço das apurações.