Um vídeo compartilhado pelo G1 mostra a reação de Renê da Silva Nogueira Júnior, o acusado de tirar a vida do gari Laudemir de Souza Fernandes. Durante a audiência, o empresário, visivelmente abalado, abaixa a cabeça ao ouvir a decisão de converter sua prisão em flagrante para preventiva. Em seguida, ele é algemado e levado para fora da Central de Audiência de Custódia, em Belo Horizonte, conforme solicitado pelo Ministério Público.
“[Tendo em vista] todo esse contexto, gravidade concreta dos fatos, reiteração delitiva do agente eu acolho, por garantia da ordem pública, eu acolho integralmente o parecer ministerial e converto seu flagrante em prisão preventiva”, declarou o juiz responsável pelo caso.
Defesa contesta prisão
Os advogados do suspeito, que foi preso em Belo Horizonte após um crime de grande repercussão, pediram que a ordem de prisão fosse anulada. A defesa argumentou que não havia evidências concretas para a prisão e que seu cliente, por ser primário, ter bons antecedentes e residência fixa, não oferecia risco.
No entanto, o juiz responsável não acatou o pedido. Ele considerou que o fato de o suspeito ter ido a uma academia logo depois do ocorrido era um indício que justificava a prisão e uma investigação mais aprofundada sobre a personalidade do acusado.
Suspeito negou tudo?
Durante o julgamento, o empresário negou todas as acusações, declarando que estava em sua rotina normal, que incluía ir para o trabalho, passear com seu cachorro e ir para a academia. Ele afirma que sua prisão ocorreu após ele ter saído da academia, quando encontrou os policiais. A detenção de Renê se baseou no reconhecimento de testemunhas e em imagens de câmeras que mostram o carro dele indo em direção ao local onde um gari foi baleado em Belo Horizonte.
