Acusações de quebra de decoro parlamentar contra Eduardo Bolsonaro vão ao Conselho de Ética

Quatro representações do PT e PSOL acusam Eduardo Bolsonaro de agir contra o Brasil nos EUA.

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As quatro acusações de quebra de decoro parlamentar contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foram encaminhadas ao Conselho de Ética da Câmara. As representações, três do PT e uma do PSOL, alegam que o parlamentar agiu nos Estados Unidos contra os interesses do país.

Segundo os partidos, Eduardo Bolsonaro tentou influenciar o governo norte-americano para que impusesse sanções ao judiciário brasileiro. Em razão das denúncias, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), enviou os pedidos de cassação do mandato do deputado ao Conselho de Ética.

Conselho analisará investigação

O destino do deputado está agora com o Conselho de Ética, que vai determinar se haverá uma investigação formal. Os próximos passos incluem a nomeação de um relator e a notificação de Eduardo Bolsonaro. Ele terá dez dias para se defender.

STF investiga deputado

Além das acusações na Câmara, o deputado também enfrenta uma investigação do Supremo Tribunal Federal (STF) por supostos crimes contra a soberania nacional. Embora tenha retornado ao cargo oficialmente em 21 de julho, após uma licença de 120 dias, Eduardo Bolsonaro continua nos Estados Unidos.

Após ir para o exterior, Eduardo tem defendido a ideia de que o Brasil estaria vivendo uma ditadura e que políticos de direita estariam sendo perseguidos. Ele usa esses argumentos para tentar conseguir apoio internacional para anistiar os envolvidos nos atos de 8 de janeiro. A postura de Eduardo gerou repercussão no Brasil, levando o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Tribunal de Contas da União (TCU) a pedir investigações sobre o uso de dinheiro público para financiar as viagens dele.