O número de mortos em decorrência das chuvas torrenciais e enchentes devastadoras que atingem o Paquistão continua a subir de forma alarmante. De acordo com as autoridades locais, já são 344 vítimas fatais, registradas apenas nos últimos dois dias, podendo esse número subir bastante.
A tragédia tem consequência direta da temporada de monções que neste ano se apresenta com intensidade muito acima da média histórica. Tradicionalmente, os meses de monção trazem chuvas fortes para o Sudeste Asiático, mas, em 2025, o fenômeno se transformou em uma verdadeira tragédia humanitária.
Paquistão sofre com temporais em pouco tempo
No Paquistão, em apenas 48 horas, centenas de pessoas perderam a vida, e milhares enfrentam perdas materiais irreparáveis. Neste sábado (16/08), mais de 2 mil soldados atuavam lado a lado com equipes de resgate e voluntários civis em uma corrida contra o tempo.
O objetivo é localizar sobreviventes e retirar corpos soterrados sob os escombros de casas destruídas e montanhas de lama. A situação mais grave ocorre na província montanhosa de Khyber-Pakhtunkhwa, na fronteira com o Afeganistão, considerada a região mais castigada pelos temporais.
Autoridades locais sobre surpresa com os temporais
As autoridades locais relataram que a maioria das vítimas foi surpreendida por enchentes repentinas, arrastadas pelas fortes correntezas ou mortas em desabamentos de residências precárias. Outros perderam a vida eletrocutados ou atingidos por descargas elétricas.
Diante da situação extrema, o governo provincial declarou vários distritos como zonas de desastre. Equipes de resgate foram enviadas como reforço, mas a missão tem sido dificultada pela geografia acidentada, que isola diversas aldeias em áreas montanhosas.
A tragédia também se espalha por outras regiões. Na Caxemira paquistanesa, ao menos nove pessoas morreram. Já no lado indiano da região, as autoridades confirmaram a morte de 60 pessoas em uma única aldeia no Himalaia, além de outras 80 desaparecidas.
