Eweline Passos Rodrigues, de 28 anos, conhecida como Diaba Loira, foi morta a tiros na madrugada dessa última sexta-feira (15) no Morro do Fubá, Zona Norte do Rio de Janeiro. Ela narrava a vida no crime para milhares de seguidores nas redes sociais e se alinhou a facções após sofrer uma tentativa de feminicídio.
A criminosa possuía mais de 150 mil seguidores no Instagram e no TikTok. Ela publicava fotos fazendo referência à facção TCP (Terceiro Comando Puro), da qual passou a fazer parte após deixar o CV (Comando Vermelho).
Em uma publicação no último dia 3, Diaba Loira fez menção aos seguidores do CV. “Para vocês que estão vindo mandar gracinha, falando do CV. Essa guerra de vocês é perdida”, declarou.
Repercussão e história
Após a morte de Eweline, diversos perfis nas redes sociais publicaram mensagens lamentando o ocorrido. “Sempre será lembrada, minha irmã querida. Você é uma pessoa incrível, independente do seu caminho. Você sempre vai estar no meu coração“, dizia um dos posts, acompanhado por fotos da criminosa.
Natural de Santa Catarina, ela entrou para a criminalidade após sofrer uma tentativa de feminicídio por um ex-companheiro em 2022. Na ocasião, Eweline ficou com ferimentos no pulmão e precisou passar por uma cirurgia. Depois de se recuperar, ela deixou seu estado de origem e se mudou para o Rio de Janeiro, onde se associou ao CV.
Envolvimento com o tráfico
Diaba Loira ganhou notoriedade em 2023, após ser flagrada com sete quilos de droga, que seria transportada para Tubarão (SC), mas ela se envolveu em um acidente de trânsito. A traficante chegou a ser detida, mas foi liberada e fugiu para o reduto do CV.
Eweline pertencia à Tropa do Coelhão, grupo liderado por William Yvens Silva, associado ao TCP no Complexo da Serrinha, em Madureira. O chefe do tráfico nessa região é Wallace Brito Trindade, conhecido como Lacosta, que está na lista dos criminosos mais perigosos do Rio.