Filho de vereadora e participante do Legendários é preso após causar grave acidente

O empresário Cleydson Cardoso Costa Filho, de 26 anos, teve a prisão preventiva decretada no último sábado (16).

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O empresário Cleydson Cardoso Costa Filho, de 26 anos, filho da vereadora Débora Santana (PDT), teve a prisão preventiva decretada após atropelar o corredor amador Emerson Pinheiro, de 29 anos, no último sábado (16), em Salvador. O acidente ocorreu durante um treino no bairro da Pituba, quando o veículo invadiu a calçada e atingiu Emerson, além de colidir com um poste e uma barraca de acarajé. O carro ficou destruído e o atleta gravemente ferido.

Segundo testemunhas, Cleydson apresentava sinais de embriaguez, com dificuldades para falar e andar. Ele não conseguiu concluir o teste do bafômetro. Emerson sofreu fraturas nas duas pernas, e uma delas precisou ser amputada. O corredor permanece internado em estado grave na UTI do Hospital Geral do Estado (HGE), mas foi extubado nesta segunda-feira (18).

Repercussão e investigação

A Justiça converteu a prisão em flagrante em preventiva no domingo (17), após protestos de familiares e amigos da vítima em frente à Central de Flagrantes. Cleydson foi hostilizado ao deixar a audiência de custódia, com gritos de “justiça” e “ladrão de sonhos”. A Polícia Civil o autuou por lesão corporal culposa grave na direção de veículo sob efeito de álcool e por conduzir automóvel com a capacidade psicomotora alterada.

A vereadora Débora Santana divulgou nota em solidariedade à vítima e sua família, pedindo forças e fé para o momento difícil. Ela declarou estar à disposição para prestar apoio. Nas redes sociais, Cleydson se apresenta como empresário, sócio de uma empresa de investimentos e participante do movimento cristão Legendários, grupo que afirma promover transformação pessoal e comunitária.

Estado de saúde da vítima e mobilização

Emerson Pinheiro é estudante de educação física e corredor há quatro anos. Ele treinava para disputar uma maratona em Buenos Aires no próximo mês. Amigos relataram desespero ao vê-lo caído após o acidente e destacaram que ele vivia “a melhor fase da vida”. Uma campanha de doação de sangue foi organizada para ajudar em sua recuperação. Até o momento, a defesa de Cleydson não se manifestou publicamente sobre o caso.