Um professor de 49 anos, de uma escola municipal localizada em Patos de Minas, no interior de Minas Gerais, está sendo investigado pela Polícia Civil por suspeita de violência íntima contra crianças de 4 anos. A denúncia veio à tona na quinta-feira (21), após a mãe de uma das possíveis vítimas perceber alterações no comportamento da filha e vermelhidão em sua região íntima.
A criança foi levada ao Hospital Regional para avaliação médica, onde relatou os supostos abusos cometidos pelo professor, afirmando que ele utilizava objetos como lápis e faca durante os atos, além de ameaçá-la para que não contasse nada. A equipe médica constatou lesões e a menina iniciou tratamento com medicamentos, incluindo o coquetel anti-HIV. A criança também mencionou que o professor de música teria abusado de mais uma menina e um menino durante os intervalos das aulas.
Investigação em andamento e afastamento do professor
A Polícia Militar foi até a escola e conversou com a diretora, que afirmou desconhecer as denúncias. Os policiais, então, foram às casas das outras duas crianças citadas. A mãe da segunda menina relatou que a filha reclamava de dores nas partes íntimas há cerca de 20 dias e que, após avaliação pediátrica, foi constatada uma infecção urinária. A menina não relatou os abusos, mas, devido à gravidade do caso, a mãe foi orientada a levá-la ao hospital.
Segundo o boletim de ocorrência, a médica que examinou a criança relatou um inchaço na região vaginal incomum para a idade, sugerindo que os abusos poderiam ter ocorrido naquele mesmo dia. A mãe do menino de 4 anos informou que o filho também apresentou mudanças de comportamento, mas sem sinais aparentes de violência.
O professor foi localizado no centro da cidade e conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos. Ele nega as acusações. A Prefeitura de Patos de Minas, em nota, repudiou as denúncias e informou o afastamento do professor, além de encaminhar o caso para apuração pela Corregedoria.
Defesa nega acusações e alega falta de provas para prisão
O advogado de defesa do professor, Alexandre Guimarães Filho, emitiu uma nota na sexta-feira (22) afirmando que seu cliente foi apenas conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos e liberado em seguida por falta de provas. O advogado também expressou preocupação com as ameaças que o professor vem recebendo nas redes sociais, ressaltando que o caso ainda está no início da investigação e que nada foi comprovado até o momento.
A Polícia Civil, por sua vez, confirmou que está apurando as denúncias. “Em razão da natureza do caso, as informações seguem em sigilo até a finalização do inquérito”, afirmou a instituição em nota. O Conselho Tutelar acompanha a situação.
