Pai de menino agredido por professora dá detalhes do estado do filho: ‘só papinha, só iogurte…’

Menino de 4 anos foi agredido dentro de escola infantil no Rio Grande do Sul.

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O caso da professora presa por agredir um aluno de 4 anos em Caxias do Sul, na Serra gaúcha, continua gerando forte comoção. Imagens de câmeras de segurança mostraram o momento em que a educadora atingiu a criança com uma pilha de livros, resultando em ferimentos graves. A agressão aconteceu na última segunda-feira (18), dentro de uma escola infantil.

A criança perdeu um dente, teve outros cinco comprometidos e precisará de acompanhamento ortodôntico para reparar os danos. Segundo a delegada responsável pelo caso, foi instaurado inquérito por maus-tratos qualificados pela lesão grave, e não está descartada a possibilidade de enquadramento como crime de tortura. A professora foi presa preventivamente em Palmeira das Missões, nesta sexta-feira (22).

Versão da professora para os pais

Os pais do menino revelaram que, inicialmente, a versão apresentada pela educadora foi a de que o filho havia sofrido uma queda no banheiro. No entanto, os ferimentos levantaram suspeitas da dentista que atendeu a criança. Diante da inconsistência, a família exigiu acesso às câmeras, constatando a agressão. A direção da escola demitiu a funcionária e divulgou nota afirmando que repudia a violência e reforça o compromisso com o bem-estar dos alunos.

O pai relatou como está sendo a adaptação do filho após a agressão. “Ele não pode fazer força nos dentes. Então, é só papinha, só iogurte, sopinha, arroz e feijão amassado”, contou. Além das limitações físicas, a criança apresenta sinais de abalo emocional. “Sinto ele muito com medo. Qualquer barulho para ele, ele está assustado, até conosco. E é um trauma. Trauma para sempre”, desabafou.

Família clama por Justiça

A família cobra que a Justiça seja rigorosa na punição da agressora. Para os pais, a violência ultrapassou os limites de um erro isolado e deixou marcas permanentes no menino. “Quero que ela vá presa. O pior de tudo é ver o filho da gente ter que almoçar de canudo, jantar de canudo. Isso é o que mais dói”, completou o pai, emocionado.