As buscas pela montanhista russa Natalia Nagovitsina foram encerradas após 11 dias de tentativas no Pico da Vitória, no Quirguistão. A alpinista permanece a mais de 7 mil metros de altitude desde 12 de agosto, quando sofreu uma fratura na perna, segundo informou o Daily Mail.
As operações de resgate enfrentaram condições climáticas severas, com temperaturas chegando a -23°C, além da dificuldade do terreno. Foram realizadas várias tentativas, incluindo o envio de helicópteros e escaladas diretas, mas nenhuma obteve êxito.
O cenário ficou ainda mais dramático após a morte do alpinista italiano Luca Sinigaglia, de 49 anos, que havia levado suprimentos à montanhista, mas não resistiu à falta de oxigênio em grandes altitudes. Em outra tentativa, um helicóptero militar caiu durante a missão de resgate.
Dificuldades e última tentativa
A última tentativa de resgate aconteceu na sexta-feira, 22 de agosto, mas a equipe precisou interromper a subida cerca de 1.100 metros antes do ponto onde Natalia estaria, por causa da piora repentina do clima. A expedição foi liderada pelo alpinista Vitaly Akimov, porém os participantes sofreram fortes dores nas costas em consequência do acidente de helicóptero ocorrido anteriormente, o que acabou levando à suspensão definitiva da missão.
Dmitry Grekov, responsável pela operação, reconheceu ao Daily Mail que as chances de Natalia ainda estar viva são mínimas. “Não é possível resistir por tanto tempo nessa altitude”, afirmou, ao comentar o tempo decorrido desde o acidente.
Histórico da montanhista
Natalia Nagovitsina é um nome reconhecido no cenário do montanhismo internacional. Em 2021, ganhou destaque ao decidir não deixar o lado do marido, Sergei Nagovitsin, durante uma escalada no mesmo Pico da Vitória.
Na ocasião, Sergei sofreu um derrame e acabou falecendo na montanha, mas a escolha de Natalia de permanecer com ele até o fim ficou marcada como um gesto de coragem e devoção.
