A mãe de Pedro Camilo Garcia, acusado de agredir a médica Samira Khouri, foi a responsável por acionar a polícia após a violência ocorrida na madrugada de 14 de julho. O casal estava em um apartamento alugado em Moema, São Paulo, para comemorar o aniversário dela, quando a situação saiu do controle. Ao ser informada sobre uma “briga feia”, a mãe do acusado demonstrou preocupação com a integridade de Samira e pediu a presença das autoridades.
Samira foi socorrida por policiais militares e permaneceu internada na capital até 16 de julho, sendo depois transferida para Santos, onde mora, recebendo alta em 27 de julho. Pedro fugiu para a casa de um amigo em Santos, mas foi localizado e preso pela Polícia Militar. Em audiência de custódia, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva.
Agressão e investigação do caso
Segundo o boletim de ocorrência, a mãe de Pedro relatou ter recebido uma ligação de um amigo do filho, que informou sua chegada com a mão machucada e mencionou uma briga grave com Samira. Sem conseguir contato com ambos, ela solicitou que a polícia fosse até o endereço do casal. O Ministério Público denunciou Pedro por tentativa de crime contra mulher, com uso de meio cruel e motivo fútil.
Sequelas e batalha judicial
Samira ainda enfrenta um longo processo de recuperação. Precisa de novas cirurgias reparadoras no nariz, olhos, arcada dentária e seios da face, além de acompanhamento psicológico devido ao trauma. Sua advogada, Gabriela Manssur, destaca avanços no quadro físico, mas reforça que o impacto emocional permanece intenso.

Enquanto isso, Pedro segue preso no Centro de Detenção Provisória de São Vicente. Sua defesa tenta reverter a prisão preventiva no Superior Tribunal de Justiça, mas teve pedidos anteriores negados. Para a advogada de Samira, a manutenção da prisão é um importante recado da Justiça no combate à violência contra a mulher.
