A advogada Ana Carolina Gianella Mondadori Moraes, de 25 anos, natural do Rio Grande do Sul, viveu um episódio que mudou sua vida: um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico em abril deste ano. O caso evidenciou a importância de identificar sinais do corpo e buscar ajuda médica mesmo diante de exames anteriores sem alterações. A jovem sentiu uma dor de cabeça intensa e uma elevação súbita da pressão arterial, que serviram como alerta para a gravidade da situação.
Desde a infância, Ana apresentava dores de cabeça frequentes e episódios de pressão alta. Apesar de diversos exames realizados ao longo dos anos, como tomografias e ressonâncias, nenhuma alteração significativa havia sido detectada, e os sintomas eram frequentemente associados a fatores emocionais.
Diagnóstico tardio e momentos críticos
No dia do AVC, a insistência de familiares a levou ao hospital. Mesmo após medicação inicial, a dor persistiu, e ela começou a apresentar dificuldades na fala e perda de movimento no lado direito do corpo. O diagnóstico indicou uma malformação arteriovenosa (MAV) cerebral, uma condição rara caracterizada por conexões anormais entre artérias e veias no cérebro, que pode provocar hemorragias graves.
Recuperação e novas perspectivas
Submetida a cirurgia para a remoção da lesão, Ana passou por um período desafiador de recuperação, com limitações na fala, alimentação e mobilidade. Foram necessárias semanas de cuidados intensivos e terapias para iniciar a reabilitação.
Atualmente, ela realiza fisioterapia, terapia ocupacional, acompanhamento psicológico e fonoaudiologia na Universidade de Caxias do Sul. Embora ainda enfrente dificuldades motoras, já recuperou parte da fala e dos movimentos e segue em processo gradual de reabilitação.
