Uma grande polêmica surgiu esta semana envolvendo um padre do Leblon, bairro de classe alta no Rio de Janeiro. O religioso se recusou a batizar uma menina usando o nome escolhido pela família. Durante o batismo, o padre evitou pronunciar o nome da bebê, Yaminah.
Em vez disso, ele usou termos genéricos como a criança ou a filha de vocês. A mãe, Marcelle Turan, percebeu que o nome não foi pronunciado no momento mais importante da cerimônia, quando a água é jogada na cabeça da bebê.
Significado do nome
Em um vídeo feito por uma das tias da criança, a família pode ser ouvida pedindo para que o nome fosse falado, mas o padre afirmou que já tinha feito. A família ressaltou que o nome Yaminah foi escolhido com muito cuidado, pois significa justiça, prosperidade e direção.
Conforme reportagem do G1, o nome tem origem árabe, derivado de Yameen, que significa direita ou lado direito, e simboliza bênção, sorte e poder no Oriente Médio. Na forma feminina, Yamīnah quer dizer a abençoada/afortunada, sendo incomum no Brasil, mas frequente em comunidades muçulmanas ao redor do mundo.
O padre cometeu crime?
O incidente foi notificado à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, sendo classificado como ato de discriminação baseado em religião, cor ou raça. Em contrapartida, a Arquidiocese do Rio emitiu uma declaração afirmando que o batismo foi conduzido conforme o ritual estabelecido e que os padres não podem recusar a realização do sacramento. A nota repudiou veementemente qualquer manifestação de discriminação e reiterou a missão da Igreja de promover diálogo e inclusão.