Uma mulher de 26 anos, identificada como Giovanna Chiquinelli Marcatto, foi presa em São Paulo sob suspeita de homicídio qualificado. Ela é a mãe de um bebê de nove meses chamado Dante, que morreu após a ingestão de uma substância tóxica. A prisão temporária da suspeita, que é tatuadora, foi decretada por 30 dias.
De acordo com o boletim de ocorrência, Giovanna levou o filho ao Hospital Estadual de Vila Alpina depois que o bebê apresentou dificuldades para respirar. Apesar do socorro médico, a criança não resistiu e veio a falecer. O pai de Dante, que é separado da suspeita, também foi ao hospital e acompanhou o caso.
A suspeita de envenenamento surgiu após o exame necroscópico, que encontrou sementes azuladas no estômago do bebê, indicando a presença de raticida. A polícia acredita que o crime tenha sido premeditado e descarta a hipótese de ingestão acidental, já que o veneno possui sabor amargo.
Avanço na investigação
As investigações da Polícia Civil, conduzidas pelo 42º Distrito Policial do Parque São Lucas, conseguiram obter imagens de câmeras de segurança de um estabelecimento na zona leste da cidade. As filmagens mostram Giovanna comprando o veneno de rato na tarde do dia 25 de agosto, dois dias antes da morte do filho. Segundo o delegado Alexandre Bento, a polícia também obteve depoimentos de testemunhas que ajudaram a identificar a possível autora do crime.
O delegado informou que o trabalho de campo foi fundamental para levantar provas que confirmam a compra do veneno e reforçam a necessidade da prisão temporária. O inquérito segue em fase de aprofundamento, com a previsão de mais oitivas de testemunhas e a análise de laudos periciais complementares.
Detalhes da substância
A polícia revelou que o veneno foi possivelmente misturado em uma banana amassada e oferecido ao bebê de forma intencional. A substância encontrada no organismo de Dante foi classificada como um tipo de veneno de rato conhecido como chumbinho.
Uma das linhas de investigação da polícia aponta para a hipótese de que Giovanna teria usado o filho para tentar se reaproximar do ex-companheiro. As autoridades afirmam que a suspeita não demonstrou sinais de choque ou arrependimento após a morte do bebê.
