O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que poderá ser o primeiro candidato à Presidência do Brasil a realizar uma “campanha virtual”, diretamente dos Estados Unidos, onde vive desde março deste ano. Em entrevista ao portal Metrópoles, nesta sexta-feira (29), o parlamentar declarou: “Qualquer pessoa que esteja apta, com seus direitos políticos, consegue concorrer. Como você iria fazer a campanha, são outros quinhentos. Talvez, a primeira campanha virtual da história do País”.
Eduardo também disse acreditar que até 2026 poderá haver uma anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro, o que abriria caminho para a reversão da inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, fatos que poderiam fortalecer a popularidade e as alianças políticas do deputado federal.
Disputa interna e possível saída do PL
O deputado revelou ainda que pode deixar o partido de Valdemar Costa Neto caso o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), migre para o PL para disputar o Planalto, já que o nome do atual governador de São Paulo vem sendo fortemente cogitado nas pesquisas eleitorais.
Valdemar Costa Neto chegou a afirmar que Tarcísio poderia ser o candidato do PL, mas recuou dias depois, reforçando que a escolha caberá apenas a Jair Bolsonaro. Eduardo, porém, deixou claro: “Se o meu pai não puder se candidatar, eu gostaria de sair candidato. Se Tarcísio vir para o PL, não terei espaço. Estou no meu terceiro mandato, sei como a banda toca”.
Pressão por mandato remoto
Mesmo morando nos EUA, Eduardo Bolsonaro disse estar exercendo seu mandato à distância. Ele chegou a participar, por videoconferência, de uma subcomissão da Câmara sem ser membro. O deputado defendeu que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), autorize atividades parlamentares remotas, no entanto, já descartou a possibilidade de um “mandato à distância”.