O caso da menina de 5 anos morta em Manaus trouxe à tona uma realidade de violência contínua e negligência. As principais suspeitas, a mãe Rafaela Coelho Ramires, de 22 anos, e a madrasta Vitória Coelho Dutra, de 25, foram presas em flagrante pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).
Ambas já eram monitoradas pelo Conselho Tutelar por registros anteriores de maus-tratos contra a criança. As denúncias de vizinhos foram fundamentais para que as autoridades acompanhassem a família antes da tragédia.
Causa da morte segundo o IML
Segundo o laudo do Instituto Médico Legal (IML), a criança faleceu em decorrência de choque hemorrágico, lesões no fígado e rins, trauma abdominal fechado, maus-tratos e asfixia mecânica. O documento também apontou a existência de agressões recentes e antigas, o que reforça o histórico de violência sofrido pela vítima.
De acordo com a investigação, a menina chegou a uma unidade hospitalar sem vida. A mãe e a madrasta alegaram que ela teria sofrido uma queda no banheiro. Entretanto, a versão não se sustentou após os exames médicos apontarem sinais evidentes de violência, como lesões por enforcamento e marcas espalhadas pelo corpo.
Delegado se manifestou
O delegado Fernando Damasceno, responsável pela apuração, explicou como a farsa foi descoberta: “O hospital acionou a DEHS e o Instituto Médico Legal (IML). A partir dos indícios coletados, ficou evidente que a versão apresentada não se sustentava, e foi dada voz de prisão em flagrante às duas”.
Agora, Rafaela e Vitória respondem por homicídio qualificado e maus-tratos. O inquérito segue em andamento e deve reunir novas provas para confirmar todas as circunstâncias da morte da criança. O caso gerou grande comoção em Manaus e reforçou os debates sobre a necessidade de mais eficiência nas ações de proteção à infância.