Trump prepara medidas duras contra o Banco do Brasil e pode complicar ainda mais mercado brasileiro

A informação é a de que o governo norte-americano estaria preparando novas medidas contra o Brasil.

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Os Estados Unidos se preparam para adotar medidas duras contra o Banco do Brasil e também contra as importações de produtos russos pelo país. Segundo fontes consultadas pela CNN em Washington, a situação é considerada volátil, já que depende diretamente das decisões do presidente Donald Trump, que pode alterar os planos a qualquer momento.

De acordo com relatos, a sanção mais provável no curto prazo é contra o BB, no contexto do início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF). O Departamento do Tesouro já havia recorrido à Lei Magnitsky, em 30 de julho, para abrir caminho à aplicação de sanções econômicas contra instituições que ofereçam serviços ao ministro Alexandre de Moraes.

Pressão contra o Brasil no comércio internacional

O tarifaço de 50% imposto aos produtos brasileiros será analisado em audiência no Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR) nesta semana. Empresas americanas de setores como celulose, pecuária, madeira e soja acusam o Brasil de obter vantagens competitivas com desmatamento ilegal e trabalho forçado, pedindo ao governo Trump que mantenha a tarifa e feche acordos com a China para privilegiar os EUA.

As críticas se estendem ainda ao setor digital. Associações americanas atacam a regulação brasileira sobre inteligência artificial, data centers, streaming e a tributação mínima de 15% para serviços digitais. Instituições financeiras dos EUA também acusaram o Banco Central brasileiro de agir como competidor, citando o Pix como rival direto de sistemas americanos de transferência.

Importações da Rússia na mira

Outra frente de conflito envolve o óleo diesel russo. Washington avalia impor ao Brasil a mesma medida já aplicada à Índia, elevando a tarifa de 25% para 50%. No ano passado, o Brasil importou cerca de US$ 12,5 bilhões em produtos russos, principalmente diesel e fertilizantes. A possível sanção pode ser anunciada em até dez dias e ameaça abrir uma nova crise no comércio bilateral.