Empresária enfrenta impasse para trocar nome no registro da filha: ‘Chamaram ela de menino’

Empresária quer mudar de Ariel para Bella, mas encontra resistência no cartório.

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Em uma história que se tornou viral nas redes sociais, a empresária Caroline Aristides Nicolichi, de 26 anos, expressou seu arrependimento por ter escolhido o nome da sua filha, nascida em agosto. Ela tem encontrado dificuldades para alterá-lo.

Conforme Caroline relatou ao portal UOL, o cartório para o qual ela recorreu afirmou que a impossibilidade da mudança está de acordo com a lei. Residente de Indaiatuba, interior de São Paulo, Caroline e seu marido, Tiago, foram para a capital paulista para o parto de sua quarta filha.

Qual é o nome da criança?

Depois que a criança nasceu, o casal decidiu chamá-la de Ariel. Eles escolheram o nome por causa do popular filme da Disney, A Pequena Sereia, mas se arrependeram da decisão logo depois. No dia seguinte, eles registraram o bebê na maternidade, que tem um representante do cartório para fazer o registro no local. “É um nome unissex. Já na maternidade chamaram ela de menino, como ‘o’ Ariel. No pediatra, também acharam que era menino”, contou Caroline.

“[Quisemos alterar] devido ao preconceito que ela poderia sofrer no futuro por ter um nome unissex e apelidos. Sabe quando a gente não se identifica com o nome? Quando ela nasceu, eu não via esse nome [Ariel] nela. Se eu não a tivesse registrado tão rápido, daria um tempinho para mudar, mas como a registramos logo, não deu tempo de mudar de ideia”, concluiu.

Qual pode ser o novo nome?

Alguns dias depois, a empresária solicitou a alteração no cartório e foi informada de que a mudança havia sido efetuada. O objetivo era alterar o nome do bebê para Bella. Ela afirmou que o processo ocorreu de forma rápida. Segundo seu relato, a taxa cartorária foi de R$ 188, e o procedimento foi descrito como simples e ágil, com a confirmação de que o nome já havia sido alterado.

No entanto, os funcionários teriam informado que a troca só poderia ocorrer se o pai registrasse a criança e a mãe discordasse do nome escolhido sem seu consentimento. Eles teriam alegado que a alteração não havia sido feita e que nem deveria ter sido iniciado o processo, segundo a empresária.

O desentendimento entre Caroline, Tiago e os funcionários do cartório se intensificou, levando a mãe a acionar a polícia. Ela relatou que um funcionário a teria instruído a se retirar, dizendo que, por não ser advogada, ela não entendia a lei e estava equivocada.

Caroline contou ainda que saiu do cartório muito abalada, passando uma semana sem se alimentar, e que seu leite materno secou, precisando de medicação para retomar a produção. Ela descreveu seu estado psicológico como extremamente abalado, especialmente porque os documentos da filha seriam necessários para uma viagem no mês seguinte.

Apesar de tudo, a empresária afirmou que não desistiu de tentar alterar o nome da filha. Ela aguarda o retorno da Corregedoria para saber se o juiz aceitará a decisão ou se será necessário entrar com uma ação judicial.