Este foi o pedido que a defesa de Bolsonaro fez para tentar evitar 30 anos de prisão ao ex-presidente

Jair Bolsonaro é julgado no STF e sessão será retomada na próxima semana.

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O segundo dia do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus pela trama golpista foi marcado pelas manifestações das defesas. A sessão, realizada nesta quarta-feira (3), contou com a sustentação dos advogados de Bolsonaro, Celso Vilardi e Paulo Cunha Bueno, que defenderam a inocência do ex-chefe do Executivo e alegaram falta de provas que o liguem aos atos de 8 de janeiro ou a planos de assassinato de autoridades.

A defesa também questionou a delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, apontando inconsistências. Segundo os advogados, ele teria mentido em seu depoimento, o que tornaria suas declarações frágeis como base de acusação. Outro argumento foi de que o processo no Supremo avançou de maneira acelerada, sem permitir tempo hábil para análise completa dos autos.

Pedido da defesa de Bolsonaro

De acordo com os defensores, Bolsonaro não incitou movimentos golpistas nem promoveu atos violentos. Eles ressaltaram que as discussões ocorridas durante o governo se mantinham dentro da legalidade, mencionando que todas as medidas discutidas estavam previstas na Constituição.

Dessa forma, os advogados pediram a absolvição do ex-presidente e criticaram a possibilidade de uma pena elevada, afirmando que uma pena de 30 anos de prisão não seria razoável. A sessão durou quase quatro horas, restrita ao período da manhã.

Julgamento retorna na semana que vem

Além da defesa de Bolsonaro, também se manifestaram advogados de generais envolvidos na ação penal, que igualmente rejeitaram a acusação de tentativa de golpe. As alegações, no entanto, não encerraram o caso, já que a próxima fase será dedicada aos votos dos ministros. O julgamento será retomado às 9h da próxima terça-feira (9).