O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (3) que há expectativa de que o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia seja finalmente aprovado até o fim do ano. Segundo ele, as negociações estão avançando mesmo diante das divergências ainda presentes dentro do bloco europeu.
Mais cedo, a União Europeia apresentou uma nova proposta para acelerar a conclusão do trâmite, o que reacendeu a possibilidade de o tratado sair do papel após anos de impasses. “Sobretudo à luz do que está acontecendo no mundo, a União Europeia tem todas as razões do mundo para fechar o acordo com o Mercosul, e o Mercosul, com a União Europeia, até por razões geopolíticas”, declarou Haddad a jornalistas, em Brasília.
Aliança estratégica entre América do Sul e Europa
Para o ministro, o pacto pode fortalecer laços políticos e econômicos em um cenário global cada vez mais instável. Haddad ressaltou que seria estratégico unir América do Sul e Europa em torno de um projeto comum de desenvolvimento.
O acordo, negociado há mais de duas décadas, enfrenta resistência de países europeus preocupados com questões ambientais e de competitividade agrícola. Mesmo assim, o governo brasileiro acredita que o contexto internacional cria pressão para a conclusão.
Obstáculos políticos e oportunidade histórica
Se aprovado, o tratado abrirá um mercado de mais de 780 milhões de consumidores, consolidando uma das maiores áreas de livre comércio do mundo. Para Haddad, a decisão pode se tornar um marco geopolítico com impacto direto no crescimento econômico da região.
