O Ministério Público de São Paulo (MPSP) se manifestou contra o pedido da Esc Fonseccas Segurança para acessar o inquérito que investiga a morte do empresário Adalberto Amarílio dos Santos Júnior. O crime, ocorrido na região do Autódromo de Interlagos, na zona sul da capital, segue sem solução até o momento.
Em sua manifestação, publicada nesta segunda-feira (1º), a promotora de Justiça Maria Carolina Viegas afirmou que há “ausência de interesse e legitimidade” da empresa para atuar na presente investigação. A decisão impede que a Esc Fonseccas acompanhe o andamento dos procedimentos relacionados ao caso.
Linha do tempo
Adalberto foi visto pela última vez no dia 30 de maio, durante um evento de motocicletas no Autódromo de Interlagos. Seu corpo foi localizado em 3 de junho, dentro de um buraco em uma área de obras do kartódromo. Até o momento, as circunstâncias do crime e a autoria permanecem sendo apuradas pelas autoridades.
O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) investiga a participação de seguranças do evento como linha principal de apuração. A segurança do festival foi feita por três empresas, incluindo a Esc Fonseccas, que chegou a solicitar, em 12 de agosto, acesso aos autos do inquérito. O pedido foi negado pelo MPSP, após encaminhamento da juíza Patrícia Álvares Cruz.
Depoimento de amigo
Segundo relatos de funcionários da Esc Fonseccas, prestados ao DHPP, eles detalharam a escala dos vigilantes e afirmaram que não houve intercorrências significativas durante os turnos. O amigo de Adalberto, que acompanhou o empresário no evento, descreveu que ambos participaram de test drives, consumiram bebidas alcoólicas e usaram maconha durante o show de Matuê, mas não houve brigas ou desentendimentos.
