O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou nesta quarta-feira (4), em Belo Horizonte, o programa Gás do Povo, que substituirá gradualmente o atual Auxílio Gás. A iniciativa prevê garantir a compra de botijões de 13 kg para 15,5 milhões de famílias de baixa renda inscritas no CadÚnico. Segundo Lula, o governo deve priorizar os mais vulneráveis. “O governo tem que ajudar aqueles que precisam (…). Os ricos não precisam do país”, declarou.
O benefício será concedido a famílias com renda per capita de até meio salário mínimo (R$ 759). Os contemplados receberão vouchers exclusivos para compra em pontos credenciados, com distribuição proporcional ao tamanho da família. A previsão é que os primeiros vouchers sejam liberados entre novembro e dezembro, totalizando 65 milhões de botijões ao ano.
Tom eleitoral e foco no Nordeste
Lula ressaltou que o programa mira mulheres, famílias nordestinas e trabalhadores com até dois salários mínimos, justamente o público que reforçou sua popularidade nas últimas pesquisas Quaest. Em agosto, sua aprovação entre os mais pobres subiu para 55%. “Esse coração funciona como coração de mãe (…). Se tiver um fragilizado é o que vai tratar com mais carinho. Eu tenho um coração de mãe”, disse.
O presidente, que completa 80 anos em outubro, usou metáforas para destacar sua disposição e saúde. Em relação a sua forma física, ele disse que está parecendo um jovem com 30 anos.
Estratégia para 2026
A ofensiva ocorre após reunião ministerial em que Lula cobrou maior defesa de sua gestão e comparações diretas com Jair Bolsonaro. Ele também projetou como adversário em 2026 o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e prometeu novos anúncios sociais para os próximos meses.
